2009/06/02

JavaOne 2009 (II)

Abertura do JavaOne 2009, sem shows ou pirotecnia, seco e objetivo, como está no manual de contenção de custos. E com menos gente, função da crise mundial, da gripe A H1N1 e das incertezas em relação à fusão Oracle+Sun.

Jonathan Schwartz começou falando da promoção à inovação constante no desenvolvimento de novas soluções e à dimensão que Java assumiu no mundo.



Apresentou o exemplo do eBay, como aplicação de Java em escalablidade e processamento massivo.

A RIM foi chamada para demostrar o uso de Java em aplicações nos BlackBerry.

Sony Blu-ray Disc exibiu filmes e mais um editor de multimídia, que está sendo usado para produzir discos Blu-ray e trailers de filmes. O pessoal de editoração é que vai gostar, e a Adobe também vai querer fazer um igual (se pagar a patente).

Verizon Wireless informou sobre o uso de Java em suas redes móveis pelo mundo.

Intel apareceu com a iniciativa "Intel Everywhere", copiando uma ideia do Java e mostrando que tem processadores para todos os gostos e aparelhos, além de servidores, é claro.

JavaFX continua como assunto, agora mais estável. Eles ainda apresentaram um editor visual para a plataforma, do tipo WYSWYG e em tempo real, com exemplos da editoração de cenas de filmes e menus de interação.

Java FX for Digital TV também foi promovida, ao menos dentro no padrão norte-americano para TV digital.

Na sequência subiu ao palco o Dr. James Gosling, com sua camiseta sobre a Java Store, onde qualquer desenvolvedor pode ofertar sua aplicação desktop pronta, com variados preços e deploy automático para o computador do usuário.

Java Games, com o projeto Jagex e o game Rune Scape, que joga-se online e totalmente em Java. Isso é sinal de uma nova geração de games, que pode se tornar a nova alavanca para as tecnologias Java, assim como tem sido para o desenvolvimento e crescimento da capacidade de processamento das CPUs. Se os games impulsionam novas CPUs, porque não impulsionar o Java?

Um projeto premiado foi o Alice.org, ambiente de programação 3D que permite a criação de histórias animadas, jogos interativos, compartilhamento de vídeo, como forma de ensinar conceitos de computação aplicada para as crianças a partir dos seis anos de idade. Que pena que hoje só está disponível em inglês.

Na sequência subiu ao palco Scott McNealy, e desceu Jonathan Schwartz. Será que isso significa alguma coisa?

McNealy e Gosling exibiram um vídeo relacionando a vida de um garoto americano, de origem indiana, de quatorze anos de idade com a história da plataforma Java. E lembraram que Java está espalhado pelo mundo, e que esse garoto tem estudado Java.



McNealy ficou no palco e contou mais algumas coisas sobre a evolução do Java e começou a falar sobre as dúvidas que tanto o mercado quanto a comunidade tem sobre o futuro da Sun e do Java.

Para surpresa geral ele chamou ao palco Larry Ellison, que ninguém tinha visto entrar, mas que estava na plateia.

Ellison informou que Java está em todo o lugar, que a Oracle depende do Java e que vão continuar investindo em Java e na comunidade de desenvolvedores (aplausos...). Continuou falando sobre JavaFX (lógico como concorrente do SilverLight e do Flash), OpenOffice e StarOffice, e sobre vários programas que não sofrerão modificações no desenvolvimento. No final deu um adeus para todos e partiu (talvez para embarcar no helicóptero que já estava esperando em algum lugar).

Os empregados e relacionados com a Sun estão proibidos de falar qualquer coisa sobre o andamento da fusão com a Oracle, até mesmo por causa das regras do mercado norte-americano. Mas é certo que um clima de demissão paira no ar, e eu tenho sentido isso de vários lados, até em conversas informais com empregados de longa data da Sun.

Quanto à data do JavaOne 2010? Este ano a organização não antecipou nenhum planejamento. E fica a pergunta: Será que vai ter JavaOne em 2010?

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